domingo, 12 de julho de 2015

Estrutura/desestrutura/emoldura. E Valentino.

Um dia eles decidiram que todas as mulheres do mundo usariam roupas justas, estruturadas. No outro, aboliram ombreiras, corpetes e soltaram tudo, inventaram a moda cigana. Depois recomeça tudo de novo. A Semana da Moda em Paris parece exposição de figurinos de cinema/TV. Haja vestes de personagens de "Game of Thrones" ou séries históricas. E também aquelas que só sairão das passarelas para montagens teatrais ou aparições de estrelas das artes cênicas em premières, onde vale de tudo para chamar a atenção de fotógrafos e divertir as plateias mundo afora.









A nova onda é a moda moldura. A roupa se torna uma tela de pintura que envolve o corpo feminino - impedido, naturalmente, de sentar-se ou aproximar-se do restante da humanidade. Essa tendência vem dos desfiles de escolas de samba cariocas e influenciou, diretamente, os designers holandeses Victor & Rolf (não são dupla sertaneja, não), especializados em inventar roupas espetaculares que não vestem mulher alguma, como o queijo furado avermelhado e a composição cinzenta - que são de priscas eras. Misoginia, talvez? Será?



Perto de Victor & Rolf, Jean-Paul Gaultier, aquele que inventou o sutiã de dominatrix da Madonna e consegue estragar o visual de divas como Marion Cottillard e Catherine Deneuve, fica discretíssimo. Claro que a roupa de Gaultier continua voltada para o espetáculo, não para a cobertura de corpos. Tudo o que ele faz parece ter saído do Quinto Elemento, o divertidíssimo filme de Luc Besson, cujos figurinos foram criados por Gaultier. Acima, algo que combina o estilo marinheiro, que ele ama, com tamancos holandeses e uma saia muito interessante. 






Aparentemente, as transparências continuarão em voga, assim como o vestido com estampa de poltrona, criações de Elie Saab, a cara de estreias hollywoodianas - ou bollywoodianas. Uma majestosa noiva em dourado fechou o desfile. 






Zuhair Mourad apostou nas estrelinhas em todos os modelos, incluindo a noiva. Tudo bem tradicional, mas intergaláctico. 







Já o veteraníssimo Valentino, aparentemente, preparou uma coleção que serve para montagens operísticas com histórias situadas em épocas históricas ou não. Abusou do dourado, inventou uma egípcia/babilônica, prendeu ramos de folhas nos vestidos, capas belissimas, vestes para rainhas e princesas medievais. Um show!!! Difícil será usar isso na vida real. 

terça-feira, 7 de julho de 2015

A tristeza na passarela

Semana da moda em Paris e as modelos se apresentam de cara amarrada, porque isso faz toda a diferença na hora de julgar um modelito. O desfile de Lagerfeld/Chanel teve um cassino como ambientação e estrelas de cinema rolando uns dadinhos. Muita roupa bonita, outras bem estranhas e a constância dos cenhos franzidos. Ah, como é chata essa estética blazée..


 Uma aposta no clássico. 


Sim, a Chanel produz coisas feias. Esta camisola com babado de cortina lavanda é uma delas.


Eu trocaria essas botinas por um bom par de scarpins. O vestido é a cara da Marion Cottillard. A modelo é de uma infelicidade comovente. 


Outro modelito interessante e a total desolação da moça.

Mais uma aposta na tradição.  

Parece uma volta aos anos 60. Que deveriam ter sepultado o look Garibaldo. 

Da série O Ocaso do Jornalismo.

Kim Kardashian é a versão americana das mulheres-frutas brasileiras. No Ela, um álbum de seu guarda-roupa na segunda gravidez, provavelmente, inspirada em Mad Max. O mau gosto sobrevive. O jornalismo, não. 






segunda-feira, 6 de julho de 2015

Pequeninas peruas






Elas têm dois anos de idade e vivem sendo fotografadas juntinhas pela mãe de uma delas, amicíssima da mãe da outra. São lindas, né? E devem crescer assim, aprendendo que ser fofa é o maior dos atributos de um ser humano. E que o maior valor da existência é ganhar curtidas e visualizações na Internet.
Tadinhas das lindinhas.
Mas que elas são umas lindezinhas, ah, são!!!