terça-feira, 20 de outubro de 2015

Mais respeito pelas moças, rapazes!!!

Com o anúncio do fim das fotos de moças nuas na Playboy, a moda quer dar sua mãozinha aos voyeurs, que adoram ver mulher despida. Os criadores de moda decidiram que é bonito usar roupa transparente, agora.

Eu, particularmente, acho de uma vulgaridade ímpar. E que metade dessas transparências será adquirida por celebridades sem obra pessoal notável, como alguma Kardashian. Fora strippers e profissionais do sexo, quem usaria este tipo de roupa?
Ah, mas a moda é tendência, alta costura é um show...
Sim, um show de bizarrice. Moças lindas se despem, fazem cara de péssimo humor e saem marchando com modelitos que, definitivamente, não valorizam ninguém e só poderiam sair da imaginação dos fetichistas, inspirados em HQs como Barbarella, nos distantes anos 1960/70, ou nos  figurinos dO Quinto Elemento.

Agora, sério, alguém vai andar com um troço desses na rua? Ou se inspirar nesses horrores? Respeito pelas moças, rapazes!

Esta moda não é só produto da misoginia de gays que não gostam de mulheres. Ela é feita para agradar a homens que se encantam por uma perversão.

E eu tenho CERTEZA de que já escrevi este texto antes.






terça-feira, 22 de setembro de 2015

Lady Di, quem diria?




Que a ex-primeira-dama do Brasil, Rosane Collor, sempre foi, digamos assim, ousada em seus trajes, a gente já sabia. Agora, o registro do passado apresenta Lady Di, ícone da moda, com um modelito pra lá de pavoroso, ombro único, uma releitura dos saris indianos, numa estamparia acetinada, feia de doer. Ao lado, Rosane, penteado de menininha, na duvidosa combinação de saia azul-marinho em camadas, com laço, claro, top verde e bolero verde-bandeira, também acetinado. Rosas verde e azul arrematam a tristeza toda.
Collor rindo, Charles pensando "Ai, que saco", os dois cheios de comendas, toque ridículo nos smokings impecáveis. Ao fundo da foto, uma moça vestida com a sobra do estofado do sofá da sala, prestes a derrubar ao solo um Dragão da Independência. 



domingo, 12 de julho de 2015

Estrutura/desestrutura/emoldura. E Valentino.

Um dia eles decidiram que todas as mulheres do mundo usariam roupas justas, estruturadas. No outro, aboliram ombreiras, corpetes e soltaram tudo, inventaram a moda cigana. Depois recomeça tudo de novo. A Semana da Moda em Paris parece exposição de figurinos de cinema/TV. Haja vestes de personagens de "Game of Thrones" ou séries históricas. E também aquelas que só sairão das passarelas para montagens teatrais ou aparições de estrelas das artes cênicas em premières, onde vale de tudo para chamar a atenção de fotógrafos e divertir as plateias mundo afora.









A nova onda é a moda moldura. A roupa se torna uma tela de pintura que envolve o corpo feminino - impedido, naturalmente, de sentar-se ou aproximar-se do restante da humanidade. Essa tendência vem dos desfiles de escolas de samba cariocas e influenciou, diretamente, os designers holandeses Victor & Rolf (não são dupla sertaneja, não), especializados em inventar roupas espetaculares que não vestem mulher alguma, como o queijo furado avermelhado e a composição cinzenta - que são de priscas eras. Misoginia, talvez? Será?



Perto de Victor & Rolf, Jean-Paul Gaultier, aquele que inventou o sutiã de dominatrix da Madonna e consegue estragar o visual de divas como Marion Cottillard e Catherine Deneuve, fica discretíssimo. Claro que a roupa de Gaultier continua voltada para o espetáculo, não para a cobertura de corpos. Tudo o que ele faz parece ter saído do Quinto Elemento, o divertidíssimo filme de Luc Besson, cujos figurinos foram criados por Gaultier. Acima, algo que combina o estilo marinheiro, que ele ama, com tamancos holandeses e uma saia muito interessante. 






Aparentemente, as transparências continuarão em voga, assim como o vestido com estampa de poltrona, criações de Elie Saab, a cara de estreias hollywoodianas - ou bollywoodianas. Uma majestosa noiva em dourado fechou o desfile. 






Zuhair Mourad apostou nas estrelinhas em todos os modelos, incluindo a noiva. Tudo bem tradicional, mas intergaláctico. 







Já o veteraníssimo Valentino, aparentemente, preparou uma coleção que serve para montagens operísticas com histórias situadas em épocas históricas ou não. Abusou do dourado, inventou uma egípcia/babilônica, prendeu ramos de folhas nos vestidos, capas belissimas, vestes para rainhas e princesas medievais. Um show!!! Difícil será usar isso na vida real. 

terça-feira, 7 de julho de 2015

A tristeza na passarela

Semana da moda em Paris e as modelos se apresentam de cara amarrada, porque isso faz toda a diferença na hora de julgar um modelito. O desfile de Lagerfeld/Chanel teve um cassino como ambientação e estrelas de cinema rolando uns dadinhos. Muita roupa bonita, outras bem estranhas e a constância dos cenhos franzidos. Ah, como é chata essa estética blazée..


 Uma aposta no clássico. 


Sim, a Chanel produz coisas feias. Esta camisola com babado de cortina lavanda é uma delas.


Eu trocaria essas botinas por um bom par de scarpins. O vestido é a cara da Marion Cottillard. A modelo é de uma infelicidade comovente. 


Outro modelito interessante e a total desolação da moça.

Mais uma aposta na tradição.  

Parece uma volta aos anos 60. Que deveriam ter sepultado o look Garibaldo. 

Da série O Ocaso do Jornalismo.

Kim Kardashian é a versão americana das mulheres-frutas brasileiras. No Ela, um álbum de seu guarda-roupa na segunda gravidez, provavelmente, inspirada em Mad Max. O mau gosto sobrevive. O jornalismo, não. 






segunda-feira, 6 de julho de 2015

Pequeninas peruas






Elas têm dois anos de idade e vivem sendo fotografadas juntinhas pela mãe de uma delas, amicíssima da mãe da outra. São lindas, né? E devem crescer assim, aprendendo que ser fofa é o maior dos atributos de um ser humano. E que o maior valor da existência é ganhar curtidas e visualizações na Internet.
Tadinhas das lindinhas.
Mas que elas são umas lindezinhas, ah, são!!!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014


Amo pulseirinhas. De búzios, de miçangas, peroladas, douradas, de fitas, de couro, de ouros. Só não tenho muitas assim. Um dia terei e poderei rir dos meus pulsos coloridos, felizes, enfeitados, uma alegria só minha, boba, mulherzinha.
Dentro de uma alma envelhecida e calejada sobrevive o frescor da mocinha boba, romântica, que fica contente com bobagem. Poucas vezes, secretamente, como tudo que é delícia na vida.